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setembro/2025 | Publicado por:

Quem pode comprar precatórios e por que compram

Investidores institucionais e fundos: por que compram créditos judiciais

Fundos de investimento e grandes players do mercado têm se destacado como os principais compradores de precatórios no Brasil. Procuram ativos considerados de baixo risco de crédito — afinal, o devedor é o Poder Público — e que possam oferecer retornos acima da renda fixa tradicional.

Esses investidores, sejam empresas ou pessoas físicas, vêm tratando os precatórios como ativos estratégicos, capazes de combinar previsibilidade com excelente potencial de retorno. Para que isso ocorra com segurança, é fundamental contar com uma estrutura jurídica especializada que avalie riscos, conduza a due diligence e garanta a formalização adequada da cessão.

Nesse contexto, a atuação jurídica especializada é essencial. Profissionais com experiência na cessão de créditos judiciais garantem que todas as etapas — da análise documental à homologação judicial — ocorram com segurança, minimizando riscos e assegurando a validade da operação perante o juízo responsável.

Empresas e indústrias: usando precatórios para planejamento fiscal e caixa

Empresas que possuem débitos tributários podem utilizar precatórios como instrumento de compensação junto à Receita Federal, desde que respeitados os critérios legais. A aquisição desses créditos com deságio representa uma oportunidade para reduzir a carga tributária de forma lícita e eficiente, desde que a operação seja conduzida com respaldo jurídico adequado.

Este mecanismo permite, por exemplo, que uma companhia com débitos em dívida ativa substitua recursos financeiros por precatórios adquiridos por valores menores, melhorando seu fluxo e liquidez em curto prazo. Essa estratégia é apoiada pela legislação vigente e aplicada por grandes grupos corporativos.

Pessoas físicas: o perfil estratégico do pequeno investidor

Embora o grosso das compras seja feito por investidores institucionais, pessoas físicas com conhecimento e assessoria também participam do mercado. Elas buscam precatórios com vencimento curto — geralmente municipais ou estaduais — visando resgatar valores expressivos em menos tempo.

Para esse perfil, a compra pode ser um investimento diferenciado, com retorno superior ao da renda tradicional, especialmente quando há escalonamento do pagamento. O site Investalk BB destaca os precatórios como “investimento híbrido com baixo risco e liquidez controlada” (InvesTalk).

Bancos e empréstimos com garantia: precatórios como colateral

Os precatórios também são vistos como ativos colaterais elegíveis para operações de crédito. Bancos e corretoras usam esses títulos como garantia em linhas de empréstimo ou em cessões estruturadas.

O mecanismo funciona assim: a empresa ou investidor oferece o precatório ao banco como garantia e, com base no valor do título, consegue acessar crédito imediato. Uma alternativa interessante em cenários de alta sazonalidade ou necessidade de capital sem que se venda o ativo.

Essa prática alia a vantagem do crédito com condições geralmente mais favoráveis do que empréstimos tradicionais com garantia de imóvel ou veículo.

O impacto da compra de precatórios na economia e nos entes públicos

A circulação de precatórios tem efeitos positivos e negativos para a economia e para os governos.

  • Para credores, significa acesso rápido ao capital, evitando a paralisação aguardando o pagamento.
  • Para brasileiros, reduz a demanda por financiamento público e evita a emissão de dívida pública.
  • Para os entes públicos, representa redução da fila de pagamentos, mas também pode desestimular o cumprimento dos prazos legais de expedição, caso os créditos sejam adquiridos por terceiros.

A discussão está em destaque nos meios financeiros, como mostra a Reuters e o portal Préks, que monitoram a evolução desses negócios.

Cuidados essenciais antes de comprar precatórios

Quem pretende operar nesse mercado deve considerar:

  • Origem e modalidade do precatório;
  • Prazo estimado de pagamento e deságio oferecido;
  • Histórico financeiro e reputação do vendedor;
  • Registro do contrato, notificação ao juízo e due diligence jurídica;
  • Planejamento tributário sobre ganho de capital ou IRPJ/CSLL.

Esses passos são fundamentais para garantir transparência, segurança e retorno esperado na operação.

Oportunidades em alta para quem compra

Perspectivas atuais reforçam as vantagens para esses compradores:

  • Deságios que chegam a 45 %, segundo reportagens especializadas (PJUS, Fator Brasil);
  • Crescimento de FIDCs não padronizados, atraindo mais capital institucional (Monitor Mercantil);
  • Opções de compensação tributária para empresas com débitos, tornando a aquisição ainda mais rentável .

Esse cenário cria contexto favorável para quem busca diversificação de carteira, melhor gestão tributária ou acesso ao crédito com boas condições.

Conclusão: um mercado estratégico e estruturado

Comprar precatórios é uma oportunidade que pode beneficiar desde grandes fundos até investidores individuais, passando por empresas que buscam reduzir passivos tributários ou acelerar caixa.

A prática exige estrutura jurídica, conhecimento de mercado e estratégia fiscal — fatores que, quando aliadas ao suporte de escritórios como o Pellon Advogados, podem garantir robustez, segurança e resultados sólidos.

 

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