Como proteger seus direitos em caso de sucessão hereditária com precatórios
A dor da perda de um familiar traz consigo muitas questões emocionais e práticas. Entre elas, podem estar a sucessão hereditária com precatórios — uma situação que exige atenção e conhecimento para que os direitos dos herdeiros sejam realmente respeitados.
Esse tipo de herança costuma gerar dúvidas, conflitos e até prejuízos financeiros se não for conduzido com cuidado. Afinal, precatórios seguem regras específicas dentro do processo sucessório e exigem providências jurídicas bastante particulares.
Entender como os precatórios são tratados na sucessão é o primeiro passo para proteger seus interesses e garantir que o que foi conquistado por quem faleceu seja, de fato, transmitido a quem tem direito.
O que são precatórios e como entram na sucessão hereditária
Precatórios são ordens de pagamento emitidas pelo Poder Judiciário contra a Fazenda Pública, após o contribuinte vencer uma ação judicial definitiva. É uma dívida do Estado com o cidadão ou empresa.
Quando a pessoa beneficiária falece antes de receber esse valor, o precatório integra o espólio — ou seja, o conjunto de bens que será partilhado entre os herdeiros. Mas há um detalhe: ele entra no inventário, porém não como um bem líquido e pronto para saque.
Isso acontece porque, mesmo com o valor reconhecido judicialmente, os precatórios estão sujeitos à ordem de pagamento do governo e podem levar anos para serem quitados.
Ou seja, os herdeiros não recebem imediatamente. Eles assumem o direito de crédito e precisam seguir os trâmites legais para habilitação junto ao processo judicial ou administrativo que gerou o precatório.
Principais desafios na partilha de precatórios entre herdeiros
Uma das maiores dificuldades no inventário com precatórios é a burocracia para habilitar os herdeiros como novos titulares do crédito judicial.
Muitas famílias desconhecem que é preciso formalizar a habilitação no processo original, apresentando documentos e comprovando a legitimidade sucessória. Sem isso, o pagamento não será liberado, mesmo quando a vez de pagamento for alcançada.
Além disso, há casos em que o precatório ainda está na fase de cálculo, ou seja, ainda não foi expedido. Isso torna o processo ainda mais delicado, pois é necessário manter o processo judicial ativo até que o valor seja definido e, para então, habilitar os herdeiros.
Outro ponto que exige atenção é a partilha. Se houver vários herdeiros, o precatório pode ser dividido proporcionalmente. Mas isso precisa estar claramente definido na escritura de inventário ou na sentença judicial, com base no que determina o Código Civil.
É aí que surgem disputas. Sem um assessoramento jurídico de confiança, é comum haver impasses sobre quem tem direito, quanto será recebido e em que prazo.
Como garantir seus direitos na sucessão com precatórios
Para proteger seus direitos na sucessão hereditária com precatórios, o primeiro passo é garantir que o inventário — judicial ou extrajudicial — preveja de forma clara a existência do crédito e sua partilha.
Com isso, já é possível iniciar a habilitação dos herdeiros diretamente no processo de origem do precatório. Essa habilitação deve ser feita com petição formal, acompanhada da documentação completa do inventário, dos herdeiros e do falecido.
Se o precatório já foi expedido, a habilitação será feita perante o tribunal que controla a ordem de pagamento. Caso ainda esteja em fase de cálculo ou de requisição, o acompanhamento jurídico torna-se ainda mais necessário, pois há risco de perder prazos ou deixar de apresentar documentos essenciais.
A importância do suporte jurídico para evitar prejuízos
A sucessão de precatórios é uma questão jurídica sensível. Envolve direito civil, processual, orçamentário e tributário. Por isso, contar com uma assessoria jurídica especializada faz toda a diferença.
Um advogado com experiência no tema pode acompanhar o processo original, conduzir a habilitação, evitar erros formais e garantir que o pagamento seja feito da forma correta e mais rápida possível.
Além disso, esse suporte é essencial para orientar os herdeiros sobre como agir caso recebam propostas de compra ou antecipação de precatórios. O mercado paralelo desse tipo de crédito é cheio de armadilhas — e um erro pode custar caro.
É também papel do advogado avaliar eventuais descontos, tributos incidentes e até orientar sobre o melhor momento de venda, caso os herdeiros queiram negociar o crédito com segurança.
A falta de assistência adequada pode levar à perda de prazos, exclusão da fila de pagamento ou até mesmo à perda do direito ao valor, especialmente se o Estado questionar a legitimidade da sucessão.
Está lidando com precatórios em um processo de inventário?
O escritório Pellon Advogados atua com excelência em causas relacionadas à sucessão hereditária, precatórios e partilhas complexas. Nossa equipe acompanha desde a fase judicial até a habilitação e recebimento do crédito.
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