Minério e agronegócio lideram exportações para a China: o que sua empresa precisa saber?
A nova rota do crescimento: por que a China mira no minério e no agronegócio brasileiro?
A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de commodities. Por um motivo simples: ela necessita de energia mineral e alimentos para sustentar seu crescimento industrial, e alimentar sua população de 1,4 bilhão de pessoas.
Minerais, soja, milho e proteína animal compõem a espinha dorsal dessa relação comercial. A crescente demanda chinesa por essas matérias-primas reflete dois elementos-chave: industrialização e segurança alimentar. São setores interligados em que o Brasil exerce papel estratégico, pois a área mineral precisa de infraestrutura logística — que também é fundamental para escoar e nutrir a agropecuária nacional.
Minério e soja: combinação estratégica que sustenta nossa balança comercial
Os números deixam claro o cenário promissor. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 25 bilhões em minério de ferro para a China, e a soja teve aumento de 37% nas exportações a partir de maio deste ano (Forbes Agro).
Esses dados não são apenas estatísticas: são oportunidades de mercado para empresas de logística, trading, cooperativas e usinas. Ao entender esse contexto, a empresa pode planejar operações, dimensionar contratos e alinhar cronogramas de embarque com a demanda chinesa, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
Como pequenos e médios exportadores podem surfar essa onda bilionária?
É comum pensar que apenas grandes players conseguem aproveitar essa demanda — mas é possível competir mesmo com uma operação de médio porte. Veja como:
- Certificações e qualidade: invista em certificações como o SIF (para carne), o SISB (para grãos) e o selo de sustentabilidade ESG.
- Contratos claros: padronize cláusulas de arbitragem, condições de entrega, seguro e barreiras sanitárias, especificações e o código do produto (NCM).
- Logística eficiente: avalie terminais de exportação estratégicos, frete multimodal e seguro contra avarias, para reduzir custo por tonelada.
- Parcerias estratégicas: integre-se a cooperativas, traders ou consórcios que negociam direta ou indiretamente com importadores chineses.
É possível, sim, escalar com segurança. Um primeiro passo é habilitar-se no Radar/Siscomex, receber apoio de agentes habilitados e contar com assessoria jurídica para revisar contratos e mitigar riscos.
Regulamentações e compliance: os cuidados jurídicos para exportações em larga escala
Exportar em escala exige atenção redobrada. Os principais pontos de risco incluem:
- Sanções comerciais e barreiras sanitárias (APHIS, CIQ) que podem atrasar ou bloquear embarques. Consulte orientações no site oficial da AQSIQ chinesa.
- Regulamentação brasileira, como obrigações de exportação no Siscomex, ITR e ICMS diferencial. Há risco de multa se o enquadramento estiver incorreto.
- Documentos fiscais e aduaneiros mal preenchidos podem resultar em autos de infração.
- Compliance com legislação anticorrupção e legislação de proteção de dados para evitar problemas em contratos internacionais.
Nesses casos, uma detalhada due diligence jurídica evita surpresas — e é fundamental para acessar financiamentos de bancos multilaterais.
Checklist jurídico para iniciar ou ampliar exportações à China com o pé direito
| Etapa | O que avaliar |
| 1. Habilitação | Radar/Siscomex ativo e código NCM correto |
| 2. Contrato | INCOTERMS, cláusulas de arbitragem, portos e termos de entrega |
| 3. Documentação | Certificados sanitários, fitossanitários e certificados de origem |
| 4. Fiscalização | ICMS, IPI, PIS/COFINS, declaração de exportação (MEP, AIM) |
| 5. Logística integrada | Seguro de carga, frete, armazenagem e análise de risco |
| 6. Compliance | Due diligence em parceiros internacionais e controles internos |
| 7. Estrutura societária | Configuração em holding ou SPE para facilitar operações |
| 8. Assessoria jurídica | Revisão dos contratos, suporte aduaneiro e proteção legal |
Essa trilha ajuda empresas de qualquer tamanho a iniciar exportações seguras e eficientes, com respaldo jurídico e visão de negócios.
O papel da assessoria jurídica especializada em exportações Brasil‑China
Exportar para a China envolve mais do que logística e volume. Envolve compreensão das leis internacionais, regimes aduaneiros e padrões sanitários dos dois países.
Pellon & Associados Advocacia apoia empresas em:
- Análise de mercado e preparação jurídica para exportar;
- Revisão e elaboração de contratos internacionais (trading, agronegócios, mineração);
- Suporte em compliance, certificações, due diligence e ESG;
- Estratégias tributárias para operações de exportação;
- Renegociação de prazos, seguros e resolução de disputas.
Com isso, a sua empresa não só entra na rota do crescimento — mas conquista o mercado chinês de forma sustentável, segura e escalável.
Para saber mais sobre oportunidades em comércio exterior, acesse o artigo sobre relação contratual Brasil‑China.
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