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julho/2025 | Publicado por:

Minério e agronegócio lideram exportações para a China: o que sua empresa precisa saber?

 A nova rota do crescimento: por que a China mira no minério e no agronegócio brasileiro?

A China continua sendo o principal destino das exportações brasileiras de commodities. Por um motivo simples: ela necessita de energia mineral e alimentos para sustentar seu crescimento industrial, e alimentar sua população de 1,4 bilhão de pessoas.

Minerais, soja, milho e proteína animal compõem a espinha dorsal dessa relação comercial. A crescente demanda chinesa por essas matérias-primas reflete dois elementos-chave: industrialização e segurança alimentar. São setores interligados em que o Brasil exerce papel estratégico, pois a área mineral precisa de infraestrutura logística — que também é fundamental para escoar e nutrir a agropecuária nacional.

Minério e soja: combinação estratégica que sustenta nossa balança comercial

Os números deixam claro o cenário promissor. Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 25 bilhões em minério de ferro para a China, e a soja teve aumento de 37% nas exportações a partir de maio deste ano (Forbes Agro).

Esses dados não são apenas estatísticas: são oportunidades de mercado para empresas de logística, trading, cooperativas e usinas. Ao entender esse contexto, a empresa pode planejar operações, dimensionar contratos e alinhar cronogramas de embarque com a demanda chinesa, reduzindo custos e aumentando a eficiência.

Como pequenos e médios exportadores podem surfar essa onda bilionária?

É comum pensar que apenas grandes players conseguem aproveitar essa demanda — mas é possível competir mesmo com uma operação de médio porte. Veja como:

  • Certificações e qualidade: invista em certificações como o SIF (para carne), o SISB (para grãos) e o selo de sustentabilidade ESG.
  • Contratos claros: padronize cláusulas de arbitragem, condições de entrega, seguro e barreiras sanitárias, especificações e o código do produto (NCM).
  • Logística eficiente: avalie terminais de exportação estratégicos, frete multimodal e seguro contra avarias, para reduzir custo por tonelada.
  • Parcerias estratégicas: integre-se a cooperativas, traders ou consórcios que negociam direta ou indiretamente com importadores chineses.

É possível, sim, escalar com segurança. Um primeiro passo é habilitar-se no Radar/Siscomex, receber apoio de agentes habilitados e contar com assessoria jurídica para revisar contratos e mitigar riscos.

Regulamentações e compliance: os cuidados jurídicos para exportações em larga escala

Exportar em escala exige atenção redobrada. Os principais pontos de risco incluem:

  • Sanções comerciais e barreiras sanitárias (APHIS, CIQ) que podem atrasar ou bloquear embarques. Consulte orientações no site oficial da AQSIQ chinesa.
  • Regulamentação brasileira, como obrigações de exportação no Siscomex, ITR e ICMS diferencial. Há risco de multa se o enquadramento estiver incorreto.
  • Documentos fiscais e aduaneiros mal preenchidos podem resultar em autos de infração.
  • Compliance com legislação anticorrupção e legislação de proteção de dados para evitar problemas em contratos internacionais.

Nesses casos, uma detalhada due diligence jurídica evita surpresas — e é fundamental para acessar financiamentos de bancos multilaterais.

Checklist jurídico para iniciar ou ampliar exportações à China com o pé direito

Etapa O que avaliar
1. Habilitação Radar/Siscomex ativo e código NCM correto
2. Contrato INCOTERMS, cláusulas de arbitragem, portos e termos de entrega
3. Documentação Certificados sanitários, fitossanitários e certificados de origem
4. Fiscalização ICMS, IPI, PIS/COFINS, declaração de exportação (MEP, AIM)
5. Logística integrada Seguro de carga, frete, armazenagem e análise de risco
6. Compliance Due diligence em parceiros internacionais e controles internos
7. Estrutura societária Configuração em holding ou SPE para facilitar operações
8. Assessoria jurídica Revisão dos contratos, suporte aduaneiro e proteção legal

Essa trilha ajuda empresas de qualquer tamanho a iniciar exportações seguras e eficientes, com respaldo jurídico e visão de negócios.

O papel da assessoria jurídica especializada em exportações Brasil‑China

Exportar para a China envolve mais do que logística e volume. Envolve compreensão das leis internacionais, regimes aduaneiros e padrões sanitários dos dois países.

Pellon & Associados Advocacia apoia empresas em:

  • Análise de mercado e preparação jurídica para exportar;
  • Revisão e elaboração de contratos internacionais (trading, agronegócios, mineração);
  • Suporte em compliance, certificações, due diligence e ESG;
  • Estratégias tributárias para operações de exportação;
  • Renegociação de prazos, seguros e resolução de disputas.

Com isso, a sua empresa não só entra na rota do crescimento — mas conquista o mercado chinês de forma sustentável, segura e escalável.

Para saber mais sobre oportunidades em comércio exterior, acesse o artigo sobre relação contratual Brasil‑China.

Quer colocar sua empresa em posição estratégica para as exportações à China?
Converse com nossa equipe e descubra como garantir crescimento sólido no maior mercado de commodities do mundo.

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